O GRUPO DE PRÓTESES AUDITIVAS IMPLANTÁVEIS DO HCFMUSP REALIZA CIRURGIAS DE IMPLANTE AUDITIVO BONEBRIDGE COM TÉCNICA INÉDITA NO BRASIL.

Muitos pacientes não podem ou não toleram o uso aparelhos auditivos convencionais (AASI).
Os principais motivos são: má formação ou agenesia (ausência) do conduto auditivo externo, o que impede a adaptação do molde auricular; otites crônicas (infecções crônicas do ouvido); alergia ao molde auricular; presença de cirurgia prévia de ouvido, as chamadas mastoidectomias.

Nestes casos, o paciente não consegue uma boa adaptação com AASI, sendo necessário o uso de uma prótese implantável. O sistema BoneBridge consiste em duas partes: uma prótese implantada embaixo da pele, no osso atrás da orelha; e outra parte composta por um processador de fala e microfone que ficam sobre a pele.
O BoneBridge substitui a função da orelha externa e média (membrana do tímpano e cadeia ossicular) transmitindo o som diretamente a orelha interna (cóclea).

Ele substituiu outras próteses auditivas ancoradas como o BAHA e o PONTO com a vantagem de não possuir um pino atravessando a pele, o que lhe dá um ganho estético e conforto muito maior para o paciente.
O sistema Bonebridge é indicado nos casos:
– Agenesia ou má formação de conduto auditivo externo: Sindrome de Treacher collins, Goldenhar, Crouzon, CHARGE, etc.
– Otite média crônica e otite externa crônica com perda auditiva do tipo condutiva ou mista.
– Antecedente de cirurgia de ouvido, denominadas mastoidectomias.
– Perda auditiva unilateral de grau profundo.

Existem dois tipos de cirurgia de acordo com a posição no qual é ancorada a prótese: 1) Posição mastoidea e 2) Posição retrossigmóidea. A posição mastoidea é a convencional e mais simples de ser realizada.
A posição retrossigmódea é necessária nos casos de otite média crônica ou antecedente de cirurgia otológica que não pode ser utilizada a técnica convencional (mastoidea). Por se tratar de uma técnica mais complexa, nenhum centro no Brasil ainda havia realizado. Neste ano o nosso Grupo de próteses implantáveis coordenada pelos professores doutores Ricardo Ferreira Bento, Rubens Vuono de Brito Neto e Robinson Koji Tsuji, já realizou 4 cirurgias deste tipo, sendo 3 em Bauru e 1 em São Paulo Todas as cirurgias foram bem sucedidas e os pacientes atingiram ótimos resultados auditivos.