Bom Dia Brasil, Telejornal da Rede Globo, entrevista Prof. Dr. Ricardo Bento sobre a nova norma da ANS para implante coclear

Uma reportagem com a nova norma da ANS que proíbe implantes cocleares para crianças de 6 a 18 anos de idade e o implante coclear bilateral para qualquer idade foi apresentada na Rede Globo de Televisão, no telejornal Bom-dia Brasil no dia 21 de julho.

O Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento foi entrevistado e exemplificou a necessidade da audição bilateral.

Com reportagem de Michelle Barros, foi apresentada no dia 21 de julho, uma matéria no telejornal Bom-dia Brasil, da Rede Globo de Televisão, denunciando a nova portaria da ANS proibindo implante coclear para crianças de 6 a 18 anos de idade e implante coclear bilateral pelos planos de saúde, matéria feita a pedido dos implantados que levaram suas reclamações até a emissora.

“Levamos, através de reunião realizada com o médico responsável pela ANS, estudos científicos que comprovam a necessidade do implante coclear em portadores de surdez profunda e severa, bilateral. Protocolamos, inclusive, os estudos. Porém, a ANS diz não ter recebido, excluiu o implante coclear e muitos usuários de planos de saúde, caso percam a audição por várias doenças, incluindo a meningite, não vão poder ouvir novamente na faixa etária estabelecida. Apoiamos, então, o grupo de implantados que iniciou um movimento para modificar esse quadro”, disse Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento, que falou representando a ABORL-CCF.

Na matéria, foi entrevistado o garoto de onze anos Francisco, que conseguiu se beneficiar dos planos de saúde poucos dias antes de entrar em vigor as novas normas. “A cirurgia foi realizada um mês antes pela equipe que eu chefio e o seu tratamento será possível através do plano de saúde. Se tivéssemos esperado a mudança que não houve, esse garoto não teria sido beneficiado e não estaria começando a conhecer o mundo da audição”, disse o professor.

Na matéria, além da entrevista com o Prof. Dr. Ricardo Bento falando dos benefícios do implante coclear em qualquer idade, a repórter foi até a casa da família de Francisco e a mãe, Marinalva, contou da emoção do filho aprender a ouvir. “Ele fica feliz com cada som que reconhece. No primeiro dia depois da ativação, fez o pai bater na porta várias vezes até descobrir o que significava. E continua assim, com cada descoberta que faz”, disse Marinalva.

Indignação, inclusive, na redação

No final da reportagem, com a resposta da ANS dizendo que poderia modificar a norma, caso tivesse evidências científicas que comprovassem a necessidade do implante coclear, a jornalista Carla Vilhena disse: “Ao invés da ANS procurar os pareceres científicos, talvez ela devesse tratar a própria surdez e ouvir os pacientes beneficiados como eles se sentem”.

As evidências médicas foram devidamente entregues pelos médicos do Grupo de Implante Coclear e protocoladas na ANS. Porém, não foram avaliadas por provável extravio.