Jornalista Josué Rios destaca, em coluna e seu blog, a exclusão do implante coclear da ANS

Colunista do JT destaca a exclusão da ANS prejudicando deficiente auditivo e entrevista Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento sobre as reuniões que o Grupo de Implante Coclear manteve com a ANS alertando sobre os erros crassos cometidos em relação ao implante.

Citando o caso de um consumidor de plano de saúde, o “Sr. Furtado”, com 12 anos de idade e portador de deficiência auditiva séria (surdez pré-lingual, que ocorre desde o nascimento), o jornalista – e colunista do Jornal da Tarde – Josué Rios, abriu mais uma matéria relatando o impasse que vive atualmente o implante coclear e as novas normas da ANS relativas ao implante coclear.

Atento ao problema que a ANS estava iniciando, o Grupo de Implante Coclear, ligado ao HCFMUSP e chefiado pelo Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento, reuniu-se várias vezes com o novo grupo que estava modificando a regulamentação dos planos de saúde e exclui o implante coclear para os casos de surdez pré-lingual entre as crianças de 6 a 18 anos de idade.

“Alertamos a ANS sobre os erros crassos cometidos em relação ao implante coclear. Mas não ouviram as nossas ponderações, fartamente embasadas”, disse o Prof.Dr. Ricardo Ferreira Bento. Porém, de nada adiantou. Os membros da ANS se embasaram nos estudos do Ministério da Saúde de mais de dez anos atrás e excluíram o implante coclear da lista de procedimentos.

E, para quem tem mais de 18 anos, a ANS permite a cobertura, com uma ressalva – apenas unilateral. “Só quem ouviu durante anos e, por várias causas, perdeu a audição, sabe como é difícil ficar no mundo do silêncio. E agora, ele vai poder ouvir de um único lado. É como obrigar a pessoa que tem dois olhos, a usar apenas um deles”, disse Bento.

Para modificar esse quadro, vários implantados – e familiares de implantados – estão procurando o auxílio da Justiça. Já há uma consulta federal pública aberta pelo Ministério Público Federal para ouvir especialistas e consumidores de planos de saúde que estarão à margem do plano. “Não houve embasamento científico para essa decisão da ANS. Essa história pode mudar”, finalizou Bento.

Leia a matéria na íntegra, clicando abaixo
http://blogs.estadao.com.br/advogado-de-defesa/exclusao-da-ans-prejudica-deficiente-auditivo/