Preservação da audição residual em pacientes usuários de implante coclear multicanal: estudo piloto

Artigo publicado na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 473 – Vol. 68 / Edição 5 / Período: Setembro – Outubro de 2002

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Preservação da audição residual em pacientes usuários de implante coclear multicanal: estudo piloto

  1. M. Valéria Schmidt Goffi Gomez,
  2. Mariana Cardoso Guedes,
  3. Cristina Gomes de Ornelas,
  4. Sandra Barreto Giorgi Sant’Anna,
  5. Rubens Vuono de Brito Neto,
  6. Tanit Ganz Sanchez,
  7. Ricardo Ferreira Bento
  1. Fonoaudióloga do Setor de Fonoaudiologia da Divisão de Clínica Otorrinolaringológica do HCFMUSP, Doutora em Ciências dos Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIFESP/EPM.
  2. Fonoaudióloga Clínica.
  3. Fonoaudióloga Clínica. Mestranda em Fisiopatologia Experimental pela FMUSP.
  4. Médico(a) Assistente da Divisão de Clínica Otorrinolaringológica do Hospital das Clínicas da FMUSP. Doutor (a) em Otorrinolaringologia pela FMUSP.
  5. Professor Associado da Disciplina de Otorrinolaringologia da FMUSP

Resumo:
Introdução: Com o progresso tecnológico dos implantes cocleares, cada vez mais pacientes com audição residual útil são candidatos em potencial ao implante (Hodges et al., 1997). Apesar disso, não se sabe ao certo se a introdução dos eletrodos poderia destruir as estruturas auditivas envolvidas nessa audição residual. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a conservação da audição residual em pacientes usuários de implante coclear multicanal, comparando a audiometria pré e pós-operatória desses indivíduos. Forma de estudo: Clínico prospectivo randomizado. Material e método: Foram estudados 09 pacientes adultos com disacusia sensorioneural bilateral severa a profunda, usuários de Implante coclear Nucleus 22 e 1 paciente usuário de Implante Combi 40+. Resultado: No grupo estudado a conservação auditiva ocorreu em 50% dos indivíduos, quando considerado o critério de conservação de duas ou mais frequências médias (da fala) e em 80%, se for considerada audição também em frequências graves. Conclusão: A média de queda dos limiares tonais antes e após a cirurgia foi de 4 dB na orelha implantada e 0 dB na orelha contralateral.